No profundo silêncio de uma noite no campo
Meus sentidos ouviram palavras tão belas
Verdades sentidas, perfeitas, confusas
Que a vida é grandeza e rotina
Permanência e mudança.
E no profundo silêncio dessa noite sagrada
O meu ser agradecia o coração que sangrava.
Amigo que sofres
Sabes bem que as palavras não curam teu corpo
Por isso te ofereço
Somente o silêncio.
Deste-me amizade, ternura,
Humanidade
De braços abertos
E sempre presente
Entretecemos laços
Mais longos que a vida.
Aquilo que eu sou
Aos outros o devo.
Com todos aprendi
Até mesmo nas mágoas.
Mas tu, amigo que sofres,
Deste-te a ti próprio
Como ser inteiro
Sempre que me ouvias.
Por isso te ofereço
Somente o silêncio.
Ana Redondo, 31 de Janeiro de 2013
Ana Redondo, 31 de Janeiro de 2013