Caído na praia,
De rosto no areia,
Inerte
O menino morto é sinal pungente.
Lançado no porão,
Ei-lo que se afoga
Em barco sem lei
Que às tantas adorna
Sem rumo, sem leme.
É triste o
teu fado
Menino fugido
Do terror das balas,
Na esperança ilusória
Dum amanhã risonho.
Travessia inglória,
Insana...
Menino perdido
Dos braços
da mãe
Foi triste
a tua sorte
Nesses barcos da morte
Desumana...
Menino inocente
Que já não padece
Aceita que eu junte dolorosa prece
Pois todos
falam, reclamam,
Mas onde estão as acções
Neste drama premente?
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