quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Elegia à árvore - Ana Redondo

Se eu fosse uma árvore…

A árvore eleva-se
Escorreita
Sempre firme e direita
Na sua altivez.
Ao sabor do tempo
À chuva e ao vento
Com sol e granizo
Mantém-se imponente
Sempre confiante
Em permanente sorriso
E serena placidez.

Pronta a servir de abrigo
Refúgio de qualquer perigo
Ali, de ramos estendidos
Sempre distendidos
No calor e na secura
Ou no temível frio glaciar
Pois espalha sua harmonia
Sua persistente força
Dia e noite, noite e dia.

Se eu fosse uma árvore …

Nascem folhas, nascem frutos
Caem folhas, comem-se os frutos
Voam as sementes
Que as aves transportam
Crescem as raízes
No solo bem assentes.
E a árvore cresce e se transforma
Sempre direita
Firme e altaneira.


Ana Redondo

Redigido a14 Maio 2016

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