terça-feira, 1 de agosto de 2017

Ao meu irmão que nunca vi - Ana Redondo

Meu adorado mano
Doce bebé que não cresceu
Semente que veio e voou
Sempre te senti meu irmão
António Manuel
Que vives na minha alma
- Suave luz que me abraça -
Criança amada e erradamente não chorada

Quanta dor não expressa
Viveram Teus pais?
Quantas fúrias inúteis perpassaram p'ra nós
Suas filhas (vivas)?

Não sei meu amor
Ainda hoje não sei nada
Só sei que venho oferecer-te
Do mais verdadeiro e profundo do meu ser
A tristeza, o amor, o carinho
O luto e a melancolia
Que, por paradigmas errados,
 Não puderam, não souberam vivenciar

Ana Redondo

Redigido a 24 Julho 2017

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