terça-feira, 18 de março de 2014

Com o perdão das feministas - Nara Rúbia Ribeiro



No dia em que acordei flor
Dei pra ter carinho de pássaro,
Passei a declinar borboletas
E um pirilampo sonhou meu sol.

E de tanto ouvir os sábios conselhos dos grilos
E as recomendações do louva-a-deus,
Desabrochei de amor
Em maio molhado de orvalho.

Sei.
"Ser flor de maio não é nada moderno,"
Mas perdi o medo
Do que é eterno.

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