terça-feira, 13 de maio de 2014

Father and Son - Cat Stevens


Wild World - Cat Stevens



Now that I've lost everything to you
You say you wanna start something new
And it's breakin' my heart you're leavin'
Baby, I'm grievin'
But if you wanna leave, take good care
I hope you have a lot of nice things to wear
But then a lot of nice things turn bad out there

[Chorus:]
Oh, baby, baby, it's a wild world
It's hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world
I'll always remember you like a child, girl

You know I've seen a lot of what the world can do
And it's breakin' my heart in two
Because I never wanna see you a sad girl
Don't be a bad girl
But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware

[Chorus]

Baby, I love you
But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware

[Chorus]

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Tu és meu irmão - Ana Redondo

Pobre ser atrofiado
Pelas agruras da vida
Cansado, atormentado
Estilhaçado
Aturdido
A ti me dirijo
Tu és meu irmão!
Neste mundo alucinado
Contigo eu lamento
Sinto a tua emoção
O teu tormento
A tua razão-
Recebe o meu alento
Tu és meu irmão!
Tinhas sonhos melodiosos
Desejos harmoniosos
Vontade, paixão.
E agora sofres
Neste mundo perdido
Confundido
Enlouquecido
Mas tu és meu irmão!
Sei que te vais levantar
Tens de acreditar
E de ser audaz
Esquecer e perdoar
Se queres estar em paz.


Ana Redondo, 2014

Sem título - Ana Redondo (1967)

Une fleur ouvrait ses pétales
E exalait som parfum
Un melre cassait son oeuf
Pour entrer dans sa vie mysterieuse
Un rossignol chantait
Avec sa voix melodieuse
La nuit était tombée
Une étoile brillait dans le ciel
pour moi
E je souriais ave l'étoile.

Ana Redondo, 1967

Vida adulta - Ana Redondo (1981)

Agora que trato o mundo
Como massa anónima
E cada ser que eventualmente cruzo
Como potencial impulsionador
Do instante que passa
Que se esbaterá na sombra
Sem deixar rasto nem dor

Agora que vivo só
Com espectro circulante
E separado da vida
Agora que penso a cidade
Como expressão do urbanismo,
Manobro a oferta e a procura
Como entidades objectivas, exteriores
E o par de namorados
Como curiosidade sociológica

Agora que me rejo pela lei dos grandes números
E decido o futuro
Numa calculadora electrónica,
Agora que quebrei as amarras
Como a minha individualidade sensível
E encerrei bem selada
A minha vida emotiva,
Agora sim, estou preparada
Serei uma eficiente máquina
Na cibernética capitalista.


Ana Redondo, 1981

Só - Ana Redondo (1978)

Sei viver só
E já nem temo a solidão da noite
E o infinito do absoluto silêncio

Aprendi a olhar sozinha
Para o belo à minha volta
Aprendi, bem melhor ainda, a sofrer sozinha
E a verter lágrimas de pedra no interior do coração
Aprendi a interiorizar os pensamentos
E a nunca exteriorizar as emoções
E agora já não penso socialmente
Nem tenho emoções vividas
Aprendi tão bem a desenvolver interiores sensações
Que já nem sei exteriorizá-las
Mas como a exteriorização é parte da sensação
Creio que tenho assim um a vivência diferente
Aprendi a conter as minhas necessidades
E alimentar-me da solidão interior
Aprendi a negar tudo
Ao realizar que tudo me era negado

A minha máscara de gelo
Tornou-se o gelo do meu eu
Emoldurou-se tão perfeita no meu rosto
Que o meu rosto é ela própria
E nada mais ficou
E já não sei chorar
E já não sei sofrer
E só sei que nada quero
Porque nunca nada conseguiria
É tão perfeita a auto-destruição
Que francamente só queria
E muito profundamente
Coragem p'ra me matar


Ana Redondo, 1978

E enquanto momento a momento morro... - Ana Redondo (1982)

"E com isto que têm as estrelas?
                                               Continuam brilhando altas e belas"
                                               José Régio

Há lá morte mais dolorosa
Que esta que momento a momento me consome
Pedaço a pedaço me leva
E a pouco e pouco me destrói
Me seca os olhos
Me esvazia os sentidos
E me vai tornando pedra dura
... E estarei morta quando tiver esquecido
A súplica (quiçá fingida) que um dia li nos teus olhos

Ana Redondo, 1982



Nowhere Man - The Beatles