segunda-feira, 19 de maio de 2014
sábado, 17 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
Wild World - Cat Stevens
Now that I've lost everything to you
You say you wanna start something new
And it's breakin' my heart you're leavin'
Baby, I'm grievin'
But if you wanna leave, take good care
I hope you have a lot of nice things to wear
But then a lot of nice things turn bad out there
[Chorus:]
Oh, baby, baby, it's a wild world
It's hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world
I'll always remember you like a child, girl
You know I've seen a lot of what the world can do
And it's breakin' my heart in two
Because I never wanna see you a sad girl
Don't be a bad girl
But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware
[Chorus]
Baby, I love you
But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware
[Chorus]
You say you wanna start something new
And it's breakin' my heart you're leavin'
Baby, I'm grievin'
But if you wanna leave, take good care
I hope you have a lot of nice things to wear
But then a lot of nice things turn bad out there
[Chorus:]
Oh, baby, baby, it's a wild world
It's hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world
I'll always remember you like a child, girl
You know I've seen a lot of what the world can do
And it's breakin' my heart in two
Because I never wanna see you a sad girl
Don't be a bad girl
But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware
[Chorus]
Baby, I love you
But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware
[Chorus]
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Tu és meu irmão - Ana Redondo
Pobre ser
atrofiado
Pelas agruras
da vida
Cansado,
atormentado
Estilhaçado
Aturdido
A ti me
dirijo
Tu és meu
irmão!
Neste mundo
alucinado
Contigo eu
lamento
Sinto a tua
emoção
O teu
tormento
A tua razão-
Recebe o meu
alento
Tu és meu
irmão!
Tinhas sonhos
melodiosos
Desejos
harmoniosos
Vontade,
paixão.
E agora
sofres
Neste mundo
perdido
Confundido
Enlouquecido
Mas tu és meu
irmão!
Sei que te
vais levantar
Tens de
acreditar
E de ser
audaz
Esquecer e
perdoar
Se queres
estar em paz.
Ana Redondo, 2014
Sem título - Ana Redondo (1967)
Une fleur ouvrait
ses pétales
E exalait som parfum
Un melre cassait son oeuf
Pour entrer dans sa vie mysterieuse
Un rossignol chantait
Avec sa voix melodieuse
La nuit était tombée
Une étoile brillait dans le ciel
pour moi
E je souriais ave l'étoile.
Un melre cassait son oeuf
Pour entrer dans sa vie mysterieuse
Un rossignol chantait
Avec sa voix melodieuse
La nuit était tombée
Une étoile brillait dans le ciel
pour moi
E je souriais ave l'étoile.
Ana Redondo, 1967
Vida adulta - Ana Redondo (1981)
Agora que trato o mundo
Como massa anónima
E cada ser que
eventualmente cruzo
Como potencial
impulsionador
Do instante que passa
Que se esbaterá na
sombra
Sem deixar rasto nem dor
Agora que vivo só
Com espectro circulante
E separado da vida
Agora que penso a cidade
Como expressão do
urbanismo,
Manobro a oferta e a
procura
Como entidades
objectivas, exteriores
E o par de namorados
Como curiosidade
sociológica
Agora que me rejo pela
lei dos grandes números
E decido o futuro
Numa calculadora
electrónica,
Agora que quebrei as
amarras
Como a minha
individualidade sensível
E encerrei bem selada
A minha vida emotiva,
Agora sim, estou
preparada
Serei uma eficiente
máquina
Na cibernética capitalista.
Ana
Redondo, 1981
Só - Ana Redondo (1978)
Sei viver só
E já nem temo a solidão
da noite
E o infinito do absoluto
silêncio
Aprendi a olhar sozinha
Para o belo à minha
volta
Aprendi, bem melhor
ainda, a sofrer sozinha
E a verter lágrimas de
pedra no interior do coração
Aprendi a interiorizar
os pensamentos
E a nunca exteriorizar
as emoções
E agora já não penso
socialmente
Nem tenho emoções
vividas
Aprendi tão bem a desenvolver
interiores sensações
Que já nem sei
exteriorizá-las
Mas como a exteriorização
é parte da sensação
Creio que tenho assim um
a vivência diferente
Aprendi a conter as
minhas necessidades
E alimentar-me da
solidão interior
Aprendi a negar tudo
Ao realizar que tudo me
era negado
A minha máscara de gelo
Tornou-se o gelo do meu
eu
Emoldurou-se tão
perfeita no meu rosto
Que o meu rosto é ela própria
E nada mais ficou
E já não sei chorar
E já não sei sofrer
E só sei que nada quero
Porque nunca nada conseguiria
É tão perfeita a auto-destruição
Que
francamente só queria
E muito profundamente
Coragem p'ra me matar
Ana
Redondo, 1978
E enquanto momento a momento morro... - Ana Redondo (1982)
"E com isto que têm as estrelas?
Continuam
brilhando altas e belas"
José Régio
Há
lá morte mais dolorosa
Que
esta que momento a momento me consome
Pedaço
a pedaço me leva
E a
pouco e pouco me destrói
Me
seca os olhos
Me
esvazia os sentidos
E me
vai tornando pedra dura
...
E estarei morta quando tiver esquecido
A
súplica (quiçá fingida) que um dia li nos teus olhos
Ana
Redondo, 1982
domingo, 11 de maio de 2014
sábado, 10 de maio de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
quarta-feira, 7 de maio de 2014
terça-feira, 18 de março de 2014
Escritos - Carlos Drummond de Andrade
Fazer da
areia, terra e água uma canção
Depois, moldar de vento a flauta
que há de espalhar esta canção
Por fim tecer de amor lábios e dedos
que a flauta animarão
E a flauta, sem nada mais que puro som
envolverá o sonho da canção
por todo o sempre, neste mundo
Com o perdão das feministas - Nara Rúbia Ribeiro
Dei pra ter carinho de pássaro,
Passei a declinar borboletas
E um pirilampo sonhou meu sol.
E de tanto ouvir os sábios conselhos dos
grilos
E as recomendações do louva-a-deus,
Desabrochei de amor
Em maio molhado de orvalho.
Sei.
"Ser flor de maio não é nada
moderno,"
Mas perdi o medo
Do que é eterno.
Anúncio de entardecer - Nara Rúbia Ribeiro
Procura-se um sonho.
Ele andou fatiado de medos,
Iludiu-se, imiscuiu-se,
E chegou a flertar com a utopia.
Quem o encontrar,
Diz a ele que o perdoo por tudo.
Que o meu peito, em cicatrizes,
É hoje até mais bonito que antes.
Que aprendi que a força se desdobra
Em indizíveis fraquezas.
E que enquanto ainda chorava de inércia
Meus olhos colheram do sol
A força de desabrochar o meu mundo.
Diz que a solidão me consome os espaços.
E a vizinhança inteira me ouviu a gritar por
seu nome.
Diz que sangro a sua ausência
E os seus silêncios me transbordam.
Diz ao meu sonho que ele venceu.
A minh' alma não se vendeu.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
O Meu Orgulho - Florbela Espanca
Lembro-me o que fui
dantes. Quem me dera
Não lembrar! Em tardes dolorosas
Lembro-me que fui a primavera
Que em muros velhos faz nascer as rosas!
As minhas mãos outrora carinhosas
Pairavam como pombas… Quem soubera
Por que tudo passou e foi quimera,
E por que os muros velhos não dão rosas!
São sempre os que eu recordo que me esquecem…
Mas digo para mim: “Não me merecem…”
E já não fico tão abandonada!
Sinto que valho mais, mais pobrezinha:
Que também é orgulho ser sozinha
E também é nobreza não ter nada!
Florbela Espanca, em "Livro de Sóror
Saudade"
sábado, 1 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Horário de trabalho - Cecília Meireles
Depois da treze poderei sofrer:
antes, não.
Tenho os papéis, tenho os telefonemas,
tenho as obrigações, à hora-certa.
Depois irei almoçar vagamente
para sobreviver,
para aguentar o sofrimento.
Então, depois das treze, todos os deveres cumpridos,
disporei o material da dor
com a ordem necessária
para prestar atenção a cada elemento:
acomodarei no coração meus antigos punhais,
distribuirei minhas cotas de lágrimas.
Terminado esse compromisso,
voltarei ao trabalho habitual.
antes, não.
Tenho os papéis, tenho os telefonemas,
tenho as obrigações, à hora-certa.
Depois irei almoçar vagamente
para sobreviver,
para aguentar o sofrimento.
Então, depois das treze, todos os deveres cumpridos,
disporei o material da dor
com a ordem necessária
para prestar atenção a cada elemento:
acomodarei no coração meus antigos punhais,
distribuirei minhas cotas de lágrimas.
Terminado esse compromisso,
voltarei ao trabalho habitual.
Luz divina - Ana Redondo
E nos seus
braços Maria me afagou
Tudo em redor
se iluminou
E o meu
coração se entregou.
Ana Redondo, Janeiro de 2014
Subscrever:
Mensagens (Atom)