domingo, 7 de julho de 2013

Cidadania global

Sou uma cidadã deste planeta globalizado.  Neste terceiro planeta a circular o sol, eu sou, mais em mais a cada dia, uma cidadã global.  

Respeito e celebro a espantosa diversidade e engenho de todos os seres e povos, a sua capacidade de adaptação e sobrevivência, a profusão de crenças, tradições, hábitos, culturas. Dessa multiplicidade de formas de estar resulta a extraordinária riqueza e criatividade do nosso mundo, a permanente possibilidade de abarcar algo de novo ou com uma perspectiva mais alargada e abrangente. Assombrosa maravilha! Pois subjacente a todos os diferentes gostos, talentos, sonhos e concretizações somos todos profundamente semelhantes nas nossas emoções e sentimentos. É nesta capacidade de partilhar a compreensão das nossas alegrias e tristezas, sonhos, medos e sofrimentos que se alicerça a nossa vitalidade, a audácia e coragem que nos impelem continuamente, por mais sombrias que sejam algumas das realidades por que passamos.

E todos temos algo a acrescentar, a contribuir para melhorar a vida no planeta, cada um utilizando a suas características específicas, totalmente individuais e singulares. Todos juntos, unindo os nossos talentos particulares, detemos um poder assombroso de que temos muito pouca consciência. Nós temos a capacidade de transformar o mundo!

Em simultâneo com as imensas possibilidades tecnológicas de comunicação actualmente disponíveis neste mundo global, acredito que temos também de nos envolver cada vez mais nas comunidades em que estamos inseridos no dia a dia, de estarmos disponíveis e abrirmo-nos uns aos outros sem receio de avaliações. E para isso só precisamos de algo que parece tão simples:  aumentar a nossa confiança em nós próprios para nos expormos tal como somos. Mas após ultrapassadas as primeiras resistências, os benefícios multiplicam-se a um ritmo exponencial.

E será esse empenho partilhado que derrubará os interesses estabelecidos de uma minoria que luta desesperadamente e por todos os meios para manter os seus privilégios. Só o conseguirão enquanto julgarmos que nada podemos fazer. Mas, felizmente, esse sentimento de impotência torna-nos  tristes, infelizes e depressivos. E é quando chegamos ao limite do desespero, que conseguimos entender que essa ideia de que nada podemos fazer é uma falácia. Uma falácia com que nos querem enganar os detentores do poder.

Ana Redondo, Julho 2013

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