Por desertos, por sóis, por noite escura,
paladino do amor, busco anelante
o palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e
vacilante,
quebrada a espada já, rota a
armadura... E eis que súbito o avisto, fulgurante
na sua pompa e aérea formosura!
Com grandes golpes bato à porta e
brado:
- "Eu sou o Vagabundo, o
Deserdado... Abri-vos portas de ouro, ante meus ais!"
Abrem-se as portas de ouro com
fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de
dor, silêncio e escuridão - e nada mais!
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