Ajuda-me, por favor, ajuda-me.
Segura nessa outra borda,
Ela também transborda palavra.
Meu poema deve ser subscrito,
... Por todos os aflitos do mundo
E carregado de bom grado
Por todos os irmãos
Que se compadeçam
De minhas mãos.
A poesia pesa.
É uma reza comprida
Que muito nos complica
Quando se ama desmedidamente,
Em profusão.
Assim, das incertezas do meu ofício poético,
Em meu vício de versejação,
Quero um poema que não seja estético.
Que tenha um refrão dialético
E subcrito esteja
Por mãos que incontáveis são.
Por mãos que incontáveis são.
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