Pelos amanhãs sombrios
Fechado no enredo
Da chamada razão
Que corres absorto
Sempre em frustração
Como se pudesses
Confinar o tempo
E assim apagar o insistente medo.
Sugiro
que pares,
Respires
mais fundo Só o momento existe
Envolve-te nele.
Vê o mar revolto
Libertando as gaivotas
E talvez descubras
Que afinal não és já
Apenas nado morto.
Sempre
em teu redor
Vai
circulando o mundoEntranha-o no corpo
Deixa-te levar.
Soam os
vulcões
E é com
a sua lavaQue o solo enriquece.
Ribombam trovões
Vêm furações
E depois, sereno, o solo floresce.
Vais compreender que tudo engrandece.
Desliga
a televisão
Ignora
segurançasSerá que queres mesmo viver de evasão?
Esquece
os ultrajes
Confia
em ti próprioAprecia mais as alegrias fugazes.
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Pois o
teu olhar
Vai
descobrir mistériosNas longínquas montanhas
Saberás apreciar
O fluir dos ribeiros
Terá mais sabor
O souflé da tua mãe
E quando, impacientes,
Os teus filhos chorarem
Será o seu amor
O que tu vais escutar.
Ana Redondo, Abril 2013
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