De enganar os outros
Com meu sorriso triste
De me enganar a mim mesma
Meu coração de pedra coberto
Farta e cansada de mentir
Queria poder gritar
"Não, mais farsa não
Agora vou viver, ser eu"
Mas demasiado cansada
até p'ra reagir
Quem sabe não
continuareiPela vida fora
Sempre e só a enganar
Os outros e a mim
A enganar com meu semi-sorriso
A perfidez do mundo
A enganar com a crueldade do meu eu rasgado
A sucessão de emoções que, dentro de mim,
Aos borbotões perpassa
Ana
Redondo, 1982
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