E lancei-as numa seta
Com esperança que atingissem
Certeiras a meta.
Cantei os meus valores
E gravei-os em tamboresQue troassem em frente.
Pousei os meus princípios
Em cima de uma nuvem Para se converterem em chuva
E alimentarem os rios.
Lancei as minhas raízes
No solo mais fértilPara que as acácias, em Abril
Fossem amena sombra de petizes.
Pintei meus sonhos em
telas
Cheias de luz e de corCrente que às sombrias favelas
Chegaria uma réstea de amor.
Que zumbiam em turbilhões,
Julgando que os meus lamentos
Comoveriam nações.
Subi com as minhas
certezas
Até ao centro do vulcãoPara que as lavas intensas
Atingissem o teu coração.
Mas a chuva amainou,
O vento abrandou,O vulcão ficou inactivo
E a minha fúria se cansou.
Ana Redondo, Junho 2013
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