Ocupaste-me a alma, encheste meu pensamento
Eras um sonho tão belo... que não cabia cá dentro
Vi espaços abertos, campos infinitos
Sol Nascente, Madrugada
Certezas e esp'rança
A
irradiar de luz
Desenhaste
em meus diasInsondáveis caminhos,
Atalhos floridos, rosas sem espinhos
Noites de luar
Destinos sem destino
... E sempre o teu olhar
E tinha
medo...por mim
Porque
sou humana, sei que não sou perfeitaSou fraca, ingénua e louca
Mas tenho amor por ti
Queria
glorificar-te as horas
Iluminar-te
os passos"Fazer de cada instante uma alvorada"
De teus mistérios minha Paz
Queria
cantar-te um hino de Alegria
Ler na
tua Voz minha certezaE no teu olhar a Eternidade
Queria fazer, enfim, de ti, minha Verdade
Queria
chegar tão longe
E sou tão insensataQueria voar tão alto
E já nem tenho asas
Queria abarcar tão amplo
E nem sequer sei ver
Olhar e ver
Vede
onde me levaram minhas fantasias
DevaneiosMentiras?
Vede onde ancorou, sem remos nem leme
Meu barco desfeito
A vida não
se compadece de loucuras
A vida
escarnece de ternuras... E um relógio cá dentro
A controlar-me o tempo
Marcando-me os passos
Contando-me os dias,minutos, segundos
Tecendo-me
as horas
Desfazendo
os laços(Rainha solitária bordando mortalhas)
Queria
poder partir
E
começar de novoConstruir do nada
Mas saber-te perto
Mas sei
que vou ficar
Na
esperança sem esp'rançaDe um dia voltares
De um dia chegares
E então... eu direi SIM
Ana Redondo
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